Trailer "There be Dragons"

Pessoal, vai estrear dia 6 de maio (nos Estados Unidos, não temos certeza se aqui no Brasil chegará aos cinemas) o filme "There be Dragons", que conta a história de um santo muito estimado da nossa Igreja: São Josemaria Escrivá, fundador do "Opus Dei".

O filme conta com um elenco excelente, inclusive com o brasileiro Rodrigo Santoro, e uma excelente equipe. Dá para ver pelo trailer o quão bom está ficando, seja em qualidade de atuações, efeitos especiais (o filme se passa também durante a Guerra Civil Espanhola) e trilha sonora.

Será uma ótima oportunidade para desmentir as acusações desmioladas feitas por Dan Brown a essa respeitável prelazia, que muito contribui às famílias que dela fazem parte. Vale à pena conferir, a qualidade está muito boa, e estamos ansiosos para a estréia do filme. Que, acima de todo sucesso alcançado, ele possa levar mais pessoas a Deus e à reconciliação com Sua Igreja.


Sinopse: Esta épica história do aclamado realizador de "A Missão" passa-se no tumulto da Guerra Civil Espanhola e acompanha a vida de dois jovens, Josemaria Escriva e Manolo Torres, amigos de infância separados pela tempestade política pré-Guerra e que se deparam em lados opostos do conflito. Escolhendo a paz, Josemaria torna-se padre e luta pela reconciliação através do movimento “Opus Dei” ("o trabalho de Deus"). Manolo escolhe a guerra e torna-se num espião a favor dos fascistas. os hediondos actos de Manolo vão atormentá-lo para o resto da vida, e é através de Josemaria e do seu filho que encontrará a expiação.

A BUSCA DA FELICIDADE

‘Não existe felicidade e sim momentos felizes’, disse-me Roberto, amigo de infância e que agora regressava de uma longa viagem. Continuamos a conversa relembrando o tempo colegial e as farras de final de semana que nos proporcionou conhecer boa faixa do litoral cearense.

Roberto levou-me ao computador e mostrou-me as fotos de seu último aniversário. Ajeitando-me na cadeira perguntei-lhe por que tantas garrafas de cervejas naquela imagem. Rindo-se me respondeu – percebi – com uma ponta de angústia: ‘um de meus momentos felizes. ’

Daí para frente o papo tomou outro rumo. Roberto com voz arrastada, além do normal, confidenciou-me seu estado de decepção, ‘desde a adolescência alimentava o sonho de morar só, consegui uma estabilidade, viajar meio mundo...e taí...fiz tudo...procurei o que sempre quis, adquiri tudo, ao mesmo tempo me parece que não encontrei nada”.

‘Sabe Roberto, eu não viajei tanto quanto você e nem tive as suas mesmas oportunidades, mas eu descobri o que pode preencher esse vazio...’ Roberto interrompe-me friamente, ‘por favor, eu já sei o que tu vai falar e sabe muito bem que eu N Ã O A C R E D I T O em nada disso cara, por que você insiste nesta ilusão de acreditar em Deus?’

‘Ah! Tá, ilusão o que eu acredito, mas você não acha que ilusão é o que você buscou e encontrando esvaiu de suas mãos como fumaça.’

‘Por isso eu não procuro mais, eu descobri que o importante é o agora Paulo. Não existe um depois, um pra que. Sabe, – encravando as mãos nos cabelos crespos – assim se vive muito melhor. ’

‘Vive é!? Ah! Tu chama isso de vida, cara isso é sobrevida. O problema é que você procurou fora de você e outra você quer culpar Deus...’

Mais uma vez interrompeu-me Roberto, desta vez sacando bruscamente o Mp4 do computador e já de costas disparou: ‘Eu sinto muito Paulo, mais esse papo tu sabe que sempre termina assim. ’

Ao volante Roberto lembrava-se do dia de sua primeira comunhão. Recordou que na sacristia Mons. André, um religioso por quem nutria muita admiração o puxou para o canto e apontando para o crucifixo disse-lhe, ‘sabe Roberto às vezes a vida parece dura demais. O importante é nunca deixarmos de acreditar. ’ Puxando do bolso deu-lhe um cordão com um pequeno crucifixo, o mesmo que agora puxava ao volante e apertava entre os dedos.

Ao chegar a casa encontrou um pequeno livro num invólucro de presente. Abrindo leu aleatoriamente ‘podemos nos enganar facilmente pensando, como a maioria das pessoas, que a felicidade é uma seqüência de alegrias contínuas. É engano comum a busca ávida pela felicidade, tornando absoluto o que é relativo, fazendo dela um substituto de Deus.’

Seria tudo um sinal!
Roberto ainda confuso liga para Paulo e desconcertado pergunta: ‘O que fazer para voltar a acreditar?’

Paulo, resoluto e despontando um sorriso, num fôlego só, comanda: ‘tô passando agora aí, vamos pra um lugar ali.’

Paulo e Roberto estão entre os milhares que já cruzaram o portal do Ginásio Paulo Sarasate a busca da felicidade neste Renascer.

Vanderlúcio Souza – Membro da Comunidade Católica Shalom

Candidatura do Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude em 2014


Para quem não sabe, a Jornada Mundial da Juventude é uma semana de eventos da Igreja Católica para os jovens e com os jovens. Ela reúne milhares de jovens do mundo todo para celebrar e aprender sobre a fé católica e para construir pontes de amizade e esperança entre continentes, povos e culturas.

Foi iniciada pelo saudoso Papa João Paulo II e é atualmente o maior evento de jovens do mundo inteiro! Ela ocorre de 3 em 3 anos, e esse ano será feita em Madri. Ano que vem, ela será sediada no Brasil (o que, por si só, já é uma coisa muito boa), mas ainda não está decidida a cidade sede. A disputa é entre o Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Vamos torcer pela nossa cidade, e já nos prepararmos para esse evento que, se Deus quiser, irá mudar a vida de muitos brasileiros, converter os que estão indecisos, arrebatar os que andam longe de Deus e nos animar para a vivência da santidade!

Quanto mais conhecemos a Igreja, mais a amamos.

O autor da Carta aos Hebreus escreveu: “Ora, quem se alimenta de leite não é capaz de compreender uma doutrina profunda, porque é ainda criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que a experiência já exercitou na distinção do bem e do mal” (Hb 5, 13-14). Sem esse “alimento sólido”, que a Igreja chama de “fidei depositum” (o depósito da fé), ninguém poderá ser verdadeiramente católico e autêntico seguidor de Jesus Cristo.

Não há dúvida de que a maior necessidade do povo católico hoje é a formação na doutrina. Por não a conhecer bem, esse mesmo povo, muitas vezes, vive sua espiritualidade, mas acaba procedendo como não católico, aceitando e vivendo, por vezes, de maneira diferente do que a Igreja ensina, especialmente na moral. E o pior de tudo é que se deixa enganar pelas seitas, igrejinhas e superstições.

Em sua recente viagem à África, que começou em 17 de maio de 2009, o Papa Bento XVI deixou claro que a formação é o antídoto para as seitas e para o relativismo religioso e moral. Em Yaoundé, em Camarões, o Sumo Pontífice disse que “a expansão das seitas e a difusão do relativismo - ideologia segundo a qual não há verdades absolutas -, tem um mesmo antídoto, segundo Bento XVI: a formação”. Afirmando que: «O desenvolvimento das seitas e movimentos esotéricos, assim como a crescente influência de uma religiosidade supersticiosa e do relativismo, são um convite importante a dar um renovado impulso à formação de jovens e adultos, especialmente no âmbito universitário e intelectual». E o Santo Padre pediu «encarecidamente» aos bispos que perseverem em seus esforços por oferecer aos leigos «uma sólida formação cristã, que lhes permita desenvolver plenamente seu papel de animação cristã da ordem temporal (política, cultural, econômica, social), que é compromisso característico da vocação secular do laicado».

Desde o começo da Igreja os Apóstolos se esmeraram na formação do povo. São Paulo, ao escrever a S. Tito e a S. Timóteo, os primeiros bispos que sagrou e colocou em Creta e Éfeso, respectivamente, recomendou todo cuidado com a “sã doutrina”. Veja algumas exortações do Apóstolo dos Gentios; a Tito ele recomenda: seja “firmemente apegado à doutrina da fé tal como foi ensinada, para poder exortar segundo a sã doutrina e rebater os que a contradizem” (Tt 1, 9). “O teu ensinamento, porém, seja conforme à sã doutrina” (Tt 2,1).

A Timóteo ele recomenda: “Torno a lembrar-te a recomendação que te dei, quando parti para a Macedônia: devias permanecer em Éfeso para impedir que certas pessoas andassem a ensinar doutrinas extravagantes, e a preocupar-se com fábulas e genealogias” (Tm 1, 3-4). E “Recomenda esta doutrina aos irmãos, e serás bom ministro de Jesus Cristo, alimentado com as palavras da fé e da sã doutrina que até agora seguiste com exatidão” (1Tm 4,6). São Paulo ensina que Deus “quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2, 4).

Sem a verdade não há salvação. E essa verdade foi confiada à Igreja: “Todavia, se eu tardar, quero que saibas como deves portar-te na casa de Deus, que é a Igreja de Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade” (1Tm 3,15). Jesus garantiu aos Apóstolos na Última Ceia que o Espírito Santo “ensinar-vos-á toda a verdade” (Jo 16, 13) e “relembrar-vos-á tudo o que lhe ensinei” (Jo 14, 25). Portanto, se o povo não conhecer esta “verdade que salva”, ensinada pela Igreja, não poderá vivê-la. Mas importa que essa mesma verdade não seja falsificada, que seja ensinada como recomenda o Magistério da Igreja, que recebeu de Cristo a infalibilidade para ensinar as verdades da fé (cf. Catecismo da Igreja Católica § 981).

Já no primeiro século do Cristianismo os Apóstolos tiveram que combater as heresias, de modo especial o gnosticismo dualista; e isso foi feito com muita formação. São Paulo lembra a Timóteo que: “O Espírito diz expressamente que, nos tempos vindouros, alguns hão de apostatar da fé, dando ouvidos a espíritos embusteiros e a doutrinas diabólicas, de hipócritas e impostores [...]” (1Tm 4,1-2).

A Igreja, em todos os tempos, se preocupou com a formação do povo. Os grandes bispos e padres da Igreja como S. Agostinho, S. Ambrósio, S. Atanásio, S. Irineu, e tantos outros gigantes dos primeiros séculos, eram os catequistas do povo de Deus. Suas cartas, sermões e homilias deixam claro o quanto trabalharam na formação dos fiéis.

Hoje, o melhor roteiro que Deus nos oferece para uma boa formação é o Catecismo da Igreja Católica, aprovado em 1992 pelo saudoso Papa João Paulo II. Em sua apresentação, na Constituição Apostólica “Fidei Depositum”, ele declarou:

” O Catecismo da Igreja Católica [...] é uma exposição da fé da Igreja e da doutrina católica, testemunhadas ou iluminadas pela Sagrada Escritura, pela Tradição apostólica e pelo Magistério da Igreja. Vejo-o como um instrumento válido e legítimo a serviço da comunhão eclesial e como uma norma segura para o ensino da fé”. E pede: “Peço, portanto, aos Pastores da Igreja e aos fiéis que acolham este Catecismo em espírito de comunhão e que o usem assiduamente ao cumprirem a sua missão de anunciar a fé e de apelar para a vida evangélica. Este Catecismo lhes é dado a fim de que sirva como texto de referência, seguro e autêntico, para o ensino da doutrina católica [...]. O “Catecismo da Igreja Católica”, por fim, é oferecido a todo o homem que nos pergunte a razão da nossa esperança (cf. lPd 3,15) e queira conhecer aquilo em que a Igreja Católica crê”.

Essas palavras do Papa João Paulo II mostram a importância do Catecismo para a formação do povo católico. Sem isso, esse povo continuará sendo vítima das seitas, enganado por falsos pastores e por falsas doutrinas.

Mais do que nunca a Igreja confia hoje nos leigos, abre-lhes cada vez mais a porta para evangelizar; então, precisamos fazer isso com seriedade e responsabilidade. Ninguém pode ensinar aquilo que quer, o que “acha certo”; não, somos obrigados a ensinar o que ensina a Igreja, pois só ela recebeu de Deus o carisma da infalibilidade. Ninguém é catequista e missionário por própria conta, mas é um enviado da Igreja. Sem a fidelidade a ela, tudo pode ser perdido. Portanto, é preciso estar preparado, estudar, conhecer a Igreja, a doutrina, a sua História, o Catecismo, os documentos importantes, a liturgia, entre outros. Quanto mais conhecemos a Igreja e todo o tesouro que ela traz em seu coração, tanto mais a amamos.

por Prof. Felipe Aquino
Cléofas

Que todo o nosso cuidado devemos entregar a Deus



Texto extraído do capítulo XVII, livro III do livro Imitação de Cristo

1. Jesus: Filho, deixa-me fazer contigo o que quero; eu sei o que te convém. Tu pensas como homem, e julgas em muitas coisas consoante te persuade o afeto humano.

2. A alma fiel: Senhor, verdade é o que dizeis. Maior é vossa solicitude por mim, que todo o cuidado que eu comigo possa ter. Está em grande perigo de cair quem não entrega a vós todos os seus cuidados. Fazei de mim, Senhor, tudo o que quiserdes, contanto que permaneça em vós, reta e firme, a minha vontade. Pois não pode deixar de ser bom tudo o que fizerdes de mim. Se quereis que esteja nas trevas, bendito sejais; e se quereis que esteja na luz, sede também bendito. Se quereis que esteja consolado, sede bendito, e se quereis que esteja tribulado, sede igualmente para sempre bendito.

3. Jesus: Filho, assim deves pensar, se desejas andar comigo. Tão pronto deves estar para sofrer como para gozar; para a pobreza e indigência, como para a riqueza e abundância.

4. A alma fiel: Por ti Senhor, sofrerei de bom grado tudo que quiserdes que me sobrevenha. De vossa mão quero aceitar, indiferentemente, o bem e o mal, as doçuras e as amarguras, as alegrias e as tristezas, e quero dar-vos graças por tudo que me suceder. Livrai-me de todo pecado, e não temerei nem morte nem inferno. Contanto que não me rejeiteis eternamente, não me fará mal qualquer tribulação que me sobrevenha.